Brasil (v.2)

Informe regional Brasil (2022)


Os desafios da fotografia como documento em/de arquivos

  • 1. Introdução
O objetivo principal deste Informe Regional é realizar um levantamento bibliográfico, preliminar e não conclusivo, de textos acadêmicos que tratam de fotodocumentação no Brasil. Essa versão representa uma atualização dos dados coletados em 2018 (publicados em 2019), em função do avanço da área da Fotodocumentação no Brasil. Fiel à ideia de não promover um arrolamento exaustivo, a relação atual representa não apenas a inclusão de alguns novos textos, mas também a exclusão de textos antigos. Não houve alterações na seleção de mini-resumos e de resumos analíticos. A lista básica é resultante de fontes de pesquisa diversas. Referências adquiridas por meio do contato com os integrantes da Rede FotoArq; pesquisas; prospecção da internet e também textos sugeridos pelos membros do Grupo de Pesquisa em Acervos Fotográficos (GPAF), conforme explicado na indicações sobre a execução (aqui).



AUTOR                    


OBRA          
Aida Franco de Lima; 
Norval Baitello Jr.
"Acordo do Cinturão Verde de Cianorte": o uso da fotografia como fator de denúncia (link).
Aline Lopes de Lacerda
A fotografia nos arquivos: produção e sentido de documentos visuais (link).
Aline Lopes de Lacerda
Quatro variações em torno do tema acervos fotográficos (link)
Ana Cristina de Albuquerque
A classificação de documentos fotográficos: um estudo em arquivos, bibliotecas e museus (link).
Ana Maria Mauad
Fotografia pública e cultura do visual, em perspectiva histórica (link).
Ana Maria Mauad
Poses e flagrantes: ensaios sobre história e fotografia.
André Porto Ancona Lopez
Photographic document as image archival document (link).
André Porto Ancona Lopez
As razões e os sentidos: finalidades da produção documental e interpretação de conteúdos na organização arquivística de documentos imagéticos (link).
André Porto Ancona Lopez
Utilização de documentos imagéticos na pesquisa em História (link).
André Porto Ancona LopezEl concepto de territorio para la gestión institucional del patrimonio fotográfico sobre derechos humanos: el caso del Archivo Nacional de la Memoria (Argentina). (link)
André Porto Ancona Lopez
Telma Campanha de Carvalho Madio
Colecciones y fondos fotográficos de Brasil: un pequeño mosaico (link, p.39)
Atílio Avancini A imagem fotográfica do cotidiano: significado e informação no jornalismo (link).
Boris Kossoy
Lo efímero y lo perpetuo en la imagen fotográfica.
Boris Kossoy Dicionário histórico-fotográfico brasileiro: fotógrafos e ofício da fotografia no Brasil (1833-1910).
Bruno de Andréa Roma Fotografia em regime de arquivo: das atribuições de valor à atribuição de sentido (link)
Camila Bruna Zanetti;
Paulo Cesar Boni
Um fotógrafo chamado “arquivo”: a complexidade dos direitos autorais da obra fotográfica (link).
Cláudia Beatriz HeynemannNos arquivos, fotografia e história em exposição (link).
Eduardo Augusto Costa Da fotografia à cultura visual: Arquivo Fotográfico e práticas de preservação do Iphan (link).
Helouise Costa
Da fotografia como arte à arte como fotografia: a experiência do Museu de Arte Contemporânea da USP na década de 1970 (link).
Helouise Costa Da fotografia de imprensa ao fotojornalismo (link)
François Soulages Fotograficidade (link).
Jael dos SantosAportes sobre a virtualização de Acervos Mnemônicos a partir do Projeto MIS (2009-2011) (link).
Joana De Conti DoreaUna etnografia en los archivos de la Fundación Pierre Verger. Diálogos, discusiones e interacción a partir de un estudio de caso (link).
Johanna Wilhelmina Smit O documento audiovisual ou a proximidade entre as 3 Marias (link).
Kátia Hallak Lombardi Fotografias de conflito: o que permanece? (link).
Luz Ramos Capovilla
Beatriz Marocco
Pierre Verger e a construção da memória cultural afrobrasileira em "O Cruzeiro": sentidos textuais através das fronteiras (link).
Miriam Moreira Leite Retratos de Família: leitura da fotografia histórica (link).
Odete da Conceição Dias Fotojornalismo e imprensa paulista (1930/1945): estudo de caso de "A Gazeta" e "O Estado de São Paulo" (link)
Ricardo Mendes
O futuro do presente: acervos fotográficos diante do horizonte digital (link).
Telma Campanha de Carvalho Madio
Uma discussão dos documentos fotográficos em ambiente de arquivo (link p.55). 
Telma Campanha de Carvalho Madio et al.
Fotografia e arquivo: revisão bibliográfica e levantamento de acervos.(link). 
Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses
A fotografia como documento: Robert Capa e o miliciano abatido na Espanha, sugestões para um estudo histórico (link). 
Vânia Carneiro de Carvalho; 
Solange Ferraz Lima
Cultura visual e curadoria em museus de História (link). 
Vânia Carneiro de Carvalho; 
Solange Ferraz Lima;

Maria Cristina Rabelo de Carvalho;
Tânia Francisco Rodrigues.
Fotografia e História: ensaio bibliográfico (link).

  • 2. Mini-resumos selecionados
  1. Carvalho, V., Lima, S., Carvalho, M. & Rodrigues, T.. Fotografia e História: ensaio bibliográfico (link).
    O texto analisa a produção bibliográfica em fotografia no Brasil, tendo como foco as obras de autores nacionais que fizeram uso da fotografia numa perspectiva histórica. O recorte adotado foi a partir da consideração de que a quantidade numericamente da produção nacional sobre fotografia é expressiva, porém, há no entanto, uma ausência de obras de sistematização desta produção.

  2. Heynemann, C. Nos arquivos, fotografia e história em exposição (link).
    Esse artigo propõe-se discutir o lugar da fotografia em mostras sobre o Brasil do século XX, conservadas em instituições arquivísticas, em sua clássica vertente documental, e como imagens instauradoras, em si mesmas e por meio de diálogos com outras imagens, de um discurso histórico.

  3. Kossoy, B. Dicionário histórico-fotográfico brasileiro: fotógrafos e ofício da fotografia no Brasil (1833-1910).
    O texto tem como objetivo demonstrar e investigar a expansão da atividade de fotografia no Brasil 1833 e 1910). Apresentas uma relação com mais de uma centena de profissionais que exerceram a atividade em diferentes pontos do país, incluindo referências a seus estabelecimentos, datas em que atuaram e breves observações sobre suas especialidades.

  4. Lacerda, A. Quatro variações em torno do tema acervos fotográficos (link).
    O artigo discute quatro variações de problemas na gestão de acervos fotográficos: as várias modalidades de formação documental subjacentes ao termo acervo fotográfico; a necessidade de buscar dados contextuais de produção documental e de formação desses conjuntos documentais; os desafios aos quais essa busca e a sugestão de instrumentos que auxiliem em uma contextualização dos acervos sob tratamento.

  5. Leite, M. Retratos de família: leitura da fotografia histórica (link).
    O texto analisa álbuns de família de imigrantes que vieram para São Paulo durante a Grande Imigração, entre 1890 e 1930. A autora contextualiza fotografias do passado, transformando-as em testemunhos de um tempo. Os depoimentos dos retratados, ou de seus descendentes nos dias de hoje, revelam a construção da memória histórica da sociedade paulista na virada do século.

  6. Lopez, A. As razões e os sentidos: finalidades da produção documental e interpretação de conteúdos na organização arquivística de documentos imagéticos (link).
    O texto discute as especificidades e os problemas encontrados na organização dos registros imagéticos. Arquivistas brasileiros geralmente analisa e organiza os registros com base apenas na descrição do tema das imagens, não consideram os motivos que foram responsáveis ​​por sua geração como registro. Acervos desta organizados desta maneira são colocados sob suspeita, não seguem os princípios apresentados pela Ciência Arquivística.

  7. Lopez, A., & Madio, T. Colecciones y fondos fotográficos de Brasil: un pequeño mosaico (link).
    O texto tem por objetivo apresentar referências essenciais sobre algumas instituições brasileiras que guardam importantes coleções e origens fotográficas. As onze instituições que foram designadas estão longe de representar o que há de mais importante no Brasil em termos de fotografia, mas oferecem um pequeno mosaico da situação no Brasil, sobretudo no que concerne às politicas de gestão de acervos fotográficos.

  8. Madio, T., et al. Fotografia e arquivo: revisão bibliográfica e levantamento de acervos (link).
    O texto aborda as discussões sobre a gênese documental para documentos fotográficos e os tratamentos mais recentes desenvolvidos em instituições de arquivo para esse tipo de documento.  A pesquisa levanta parte da bibliografia disponível sobre o tema, as principais instituições nacionais que trabalham com essa documentação e a criação de um banco de dados informatizado para permitir cruzamentos e disponibilizar as informações arroladas.

  9. Mauad, A. Poses e flagrantes: ensaios sobre história e fotografia.
    A autora explora a história da fotografia no Brasil, além de uma história centrada na evolução técnica ou na criação de seus autores e escolas. Trata a fotografia não como retrato que prova o fato, mas como fonte da análise social da história. A fotografia se define, então, como matéria de historicidade definida por modos de ver e olhar.

  10. Mendes, R. O futuro do presente: acervos fotográficos diante do horizonte digital (link).
    O presente ensaio procura estimular a reflexão e debate sobre as implicações e desdobramentos do processo de digitalização dos acervos fotográfico no Brasil nos últimos 10 anos, enfocando um aspecto em particular: a introdução do gerenciamento de dados informatizado e a presença da imagem digital.

  • 3. Bibliografia Destacada
Destacamos, abaixo, quatro obras, que foram objeto de resumo analítico:
  1. Carvalho, V., & Lima, S. Cultura visual e curadoria em museus de História (link).
    O artigo apresenta experiências acadêmicas e museológicas envolvendo as coleções fotográficas do Museu Paulista de São Paulo/Brasil Com o objetivo de demonstrar a ligação orgânica existente entre as três áreas constitutivas da prática curatorial: a produção de um sistema documental, a produção de conhecimento na área da cultura visual e a produção de obras dedicadas ao público de um museu de história. A demanda hoje por imagens deve vir acompanhada de um esforço de crítica da imagem. Cremos que essa crítica não dispensa a compreensão dos elementos formais que a constituem.No caso da produção fotográfica, detalhando melhor o foco do trabalho, a pesquisa articula-se aos sistemas documentais institucionais, que, entre muitas outras tarefas, estariam voltados para a geração de um vocabulário descritivo que atendesse essas especificidades.
    Ao analisarem as fotografias de São Paulo ao final do século XIX e primeiras duas décadas do século XX, as autoras encontraram uma cidade concebida como o espaço de circulação de mercadorias. A valorização da rua em primeiro plano exagerado não é acidental, ou simples efeito estético. Efeitos de ordenação não são produzidos pela simples presença, por exemplo, do guarda de trânsito, mas por efeitos visuais de repetição regular de formas geométricas como aqueles produzidos pela vegetação ou pelas pedras de pavimentação. Os elementos figurativos são centralizados e explorados na sua simetria e monumentalidade.
    A análise dos documentos fotográficos foi expandida, trabalhando no mesmo quadro conceitual e metodológico, ao avaliarem 12.000 retratos fotográficos através de descritores inseridos na base de dados institucional. Os retratos foram produzidos por um único fotógrafo, Militão Augusto de Azevedo, que atuou na cidade de São Paulo entre os anos de 1862 e 1885, uma época em que sua população não chegava aos 40.000 habitantes.4 O fotógrafo é conhecido pelos estudiosos da cidade de São Paulo em virtude dos registros fotográficos urbanos que realizou, dando origem ao Álbum Comparativo da Cidade de São Paulo, 1862-1887. Este acervo se desdobrou, durante a pesquisa em vários interesses e traduções históricas, desde as poses dos fotografados, passando pela representação da cidade e também da mulher na sociedade de então.
    Hoje os Museus Históricos enfrentam dilemas relativos ao desempenho das exposições frente aos seus objetivos educacionais, culturais e de fruição estética. Diante do uso por vezes quase abusivo de recursos de multimídia e imagens eletrônicas e em face das cenarizações dos parques temáticos que forjam um passado estilizado com o qual o espectador se relaciona acriticamente, quais seriam os caminhos para o museu histórico conciliar curadorias de natureza científica, propósitos educacionais e prazer estético?
    Oscila entre os extremos de tornar-se atração turística esvaziada de conteúdos críticos e a opção de manter-se distante de qualquer incorporação de meios tecnológicos associados aos projetos museográficos. A aproximação entre Artes Plásticas e História da Cultura Material resultou em fertilizações mútuas. De um lado, o artista plástico foi introduzido em um vasto território documental e a uma produção científica apropriada apenas entre seus pares. Por outro lado, a curadoria histórica pode contar a experiência do artista na realização plástica de obras que sintonizavam reflexões atuais com problemáticas desenvolvidas nos moldes textuais da academia.
    A meta da pesquisa, segundo as autoras, foi oferecer ao usuário do banco de imagens do Museu Paulista, predominantemente pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação, dados primários que deveriam ser posteriormente trabalhados por eles. Ao mesmo tempo, a equipe da casa se beneficiaria de um projeto que dava um passo adiante no enfrentamento de uma documentação que deveria nos servir para o estudo do retrato na perspectiva da cultura material.
    Através de um vocabulário formal, aplicado a cada documento, foi possível chegar às combinações mais recorrentes, ou seja, ao repertório visual do conjunto documental analisado. Só então nos foi possível demonstrar como esse repertório visual estava associado a sentidos socialmente produzidos e aderidos às imagens.

  2. Carvalho, V., Lima, S., Carvalho, M. & Rodrigues, T.. Fotografia e História: ensaio bibliográfico (link).
    Desde as primeiras décadas de sua existência a fotografia já mostrava o seu imenso potencial de uso. A produção fotográfica de unidades avulsas, de álbuns ou de coletâneas impressas abrangia um espectro ilimitado de atividades, especialmente urbanas, e que davam a medida da capacidade da fotografia em documentar eventos de natureza social ou individual, em instrumentalizar as áreas científicas, carentes de meios de acesso a fenômenos fora do alcance direto dos sentidos, as áreas administrativas, ávidas por otimizar funções organizativas e coercitivas, ou ainda em possibilitar a reprodução e divulgação maciça de qualquer tipologia de objetos. Analisar a produção bibliográfica concernente às funções da fotografia em um domínio tão vasto poderia ser ambicioso, mas por outro lado, a quantidade numericamente expressiva da produção nacional sobre fotografia, bem como, a quase ausência de obras de sistematização desta produção definiram o recorte da pesquisa para este ensaio. 
    Após a análise da primeira amostragem do levantamento dividiu-se o conjunto bibliográfico em cinco categorias básicas através das quais foi possível caracterizar as obras, bem como otimizar as leituras e as análises comparativas.
    O primeiro conjunto (repertório documental) circunscreve obras com preocupações marcado mente documentárias. Aqui o tratamento da fotografia é muito mais empírico. Ela aparece como unidade documental que necessita de coerência dentro do conjunto no qual se insere, de identificação e de contextualização.
    O segundo conjunto (processamento técnico), entende a fotografia como unidade documental passível de tratamento técnico especializado. Trata-se de obras que apresentam propostas ou experiências de processamento catalográfico ou arquivístico, de formas de acondicionamento físico, de conservação, de restauração, ou de organização de cadastros informatizados e de bancos de dados.
    O terceiro conjunto (história da fotografia), trata da trajetória temporal e espacial dos diferentes suportes fotográficos. Nesta perspectiva incluem-se as obras que apresentam históricos parciais da produção fotográfica no país, como aqueles da constituição dos primeiros ateliês no século XIX, ou relativos aos fenômenos do fotojornalismo,da cartofilia, do lambe-lambe, ele. Fazem também parte deste conjunto as obras que vinculam a atuação de determinados fotógrafos, personalidades ou instituições ao desenvolvimento da fotografia.
    O quarto conjunto de obras (teoria e metodologia) aborda diretamente o tema sob o prisma conceitual e metodológico, desenvolvendo reflexões sobre a significação da imagem fotográfica, sobre a natureza e constituição da sua linguagem e sobre as especificidades da fotografia como fonte para a pesquisa histórica.
    O quinto e último conjunto (significação histórica) reúne obras que, apesar de apresentarem procedimentos tanto de ordem documental quanto conceitual, diferenciam-se dos demais por efetivamente utilizara fotografia como fonte de pesquisa para o conhecimento dos processos sociais de construção de sentidos. À fotografia são atribuídas funções sociais estruturantes. A história da fotografia se transforma aqui em história da visualidade.
    Em linhas gerais, o que se percebe no campo da produção bibliográfica sobre o tema fotografia e história é uma forte presença institucional, reforçada recentemente pela produção acadêmica, movimento este relacionado com a passagem de uma fase predominantemente empírica e descritiva para um novo momento de reflexão e análise. A produção é irregular no que se refere à qualidade e ao rigor conceitual das análises teóricas, para o que concorre o desconhecimento de pesquisas afins estrangeiras. Se pensarmos em termos numéricos, a defasagem em relação à produção estrangeira, especialmente a americana, aumenta ainda mais. O saldo, no entanto, é extremamente positivo. Sem dúvida nenhuma, as fontes fotográficas mobilizam hoje um número expressivo de cuidados que inspiram a sua exploração histórica. Nos principais museus, arquivos e bibliotecas do país o documento fotográfico não é mais relegado à categoria de segunda classe, complemento ilustrativo tratado como um apêndice da documentação textual. A preocupação em dispensar um tratamento técnico de catalogação e de acondicionamento físico específicos demonstra claramente a mudança de status da fotografia nesse campo.

  3. Lacerda, A. Quatro variações em torno do tema acervos fotográficos (link).
    O artigo discute a realidade documental presente nos acervos fotográficos e procura desenhar um quadro de questões sobre o trabalho que é desenvolvido com esses acervos. O texto enfoca quatro variações de problemas na gestão de acervos fotográficos: as várias modalidades de formação documental subjacentes ao termo acervo fotográfico; a necessidade imperiosa de se buscar dados contextuais de produção documental e de formação desses conjuntos documentais; os desafios aos quais essa busca está submetida e a sugestão de instrumentos que auxiliem os esforços por uma contextualização dos acervos sob tratamento.
    Embora presentes em todas essas instituições de guarda, os documentos fotográficos que formam esses acervos não são objeto de especialidade de nenhuma delas em especial por alguma característica de natureza documental. Assim, os documentos fotográficos não são documentos tipicamente arquivísticos, embora sejam uma realidade nos arquivos de qualquer tipo a partir de seu aparecimento e uso como registro pelas instituições e pelos indivíduos ainda no século XIX; da mesma forma, não são itens característicos de bibliotecas, embora em sua origem tenham sido depositados nessas instituições assim como outras formas de representação visual (como estampas) e tenham sido objeto das técnicas de descrição biblioteconômicas; não são objetos específicos do campo da Museologia, ainda que guardem com ele estreita vinculação desde as primeiras coleções formadas no século XIX, advindas dos trabalhos científicos que utilizavam a fotografia como instrumento de registro.
    É importante investigar as razões da concepção e do nascimento do arquivo ou coleção, seu desenvolvimento no tempo, os atores envolvidos no processo (especialmente em se tratando de arquivos pessoais e de coleções), os sentidos investidos na documentação pelo produtor ou guardador, as práticas que nortearam a produção das imagens, as funções que elas representaram no ambiente doméstico ou institucional do qual são substratos importantes, dentre outros aspectos relevantes. Todo esse entendimento precisa ser buscado de forma a dotar a documentação de um contexto esclarecedor sobre sua trajetória.
    Um arquivo desmembrado pode ser virtualmente reunido graças a uma boa pesquisa sobre a história de formação e guarda do conjunto, por exemplo. O mesmo se aplica a coleções que foram dispersas. Também se constitui como de valor uma informação que esclareça ao pesquisador que ele está diante de um extrato documental de um conjunto que na origem foi muito mais íntegro e orgânico, e que foi objeto de várias intervenções, intencionais ou não, responsáveis pela redução de seu volume.
    Embora seja importante a opção por uma abordagem metodológica que busque o conhecimento dos dados contextuais das fotografias nos arquivos e coleções, este caminho esbarra numa dificuldade que esses materiais apresentam: ao contrário de muitos documentos textuais característicos do universo dos arquivos, as imagens fotográficas normalmente não apresentam dados desse tipo na forma como se constituem documentalmente.
    As instituições devem investir na produção de um instrumento – um questionário, por exemplo – com perguntas que busquem o levantamento de dados sobre a produção e a trajetória de custódia da documentação. Além disso, a possibilidade de produzir entrevistas com os doadores ou seus descendentes e alimentar uma base de dados com essas entrevistas, visando subsidiar o tratamento técnico da documentação, deve ser analisada visando a sua implantação, para que se constitua, junto aos arquivos e coleções, uma documentação que será valiosa para a articulação do conteúdo dos documentos com os dados extradocumentais, coletados a partir das lembranças dos que efetivamente concorreram para a existência e sentido da documentação.

  4. Lopez, A. As razões e os sentidos: finalidades da produção documental e interpretação de conteúdos na organização arquivística de documentos imagéticos (link).
    O autor considera que no Brasil a análise e organização de documentos individualizados são feitas geralmente descrevendo o conteúdo informativo das imagens. O texto propõe que o contexto de produção tem um papel primordial para garantir a compreensão da gênese documental, a identificação dos conteúdos e a utilização na pesquisa histórica. Importante considerar que o documento imagético, significativamente mais do que o textual, tende a sofrer inúmeras reciclagens e novas atribuições de sentido que o descontextualiza de sua origem, ao mesmo tempo que promovem novas recontextualizações. A proposta é que estas questões sejam mediadas pela aplicabilidade de caminhos metodológicos propostos pela Escola de Warburg, onde encontramos os iconografistas empenhados em desvendar o conteúdo implícito das obras de arte. Destaque para Erwin Panofsky, que classifica três níveis de interpretação que correspondem a três níveis de significado. O primeiro, voltado ao significado primário ou natural, é a descrição pré-iconográfica. Esta descrição consiste na identificação de formas puras, bem como de objetos e eventos presentes na imagem. O segundo nível, voltado ao significado secundário ou convencional, é a descrição iconográfica. Esta consiste não somente na descrição pura e simples dos objetos retratados, mas na ligação das composições da imagem com assuntos e conceitos. O terceiro e último nível, voltado ao significado intrínseco ou conteúdo, é denominado descrição iconológica. Esta descrição é definida pela descoberta e interpretação dos valores simbólicos presentes na imagem. A análise iconográfica do contexto da imagem contribui para que seus conteúdos sejam diferenciados, pelo arquivista, do contexto de produção do documento. Lembrando que a separação dos materiais fotográficos dos textuais antes da classificação arquivística impossibilita a reconstituição da organicidade dos materiais fotográficos, direcionando os esforços apenas para os processos de descrição da imagem para a recuperação da informação.O ponto fundamental é que a perda dos dados contextuais amplia as possibilidades de atribuição de sentido ao documento, uma vez que, na ausência desse vínculo original, quaisquer especulações passam a ter lugar. Como resultado, essa tendência o desqualifica como um documento de arquivo.

  • 4. Principais indicações dos respondentes
Os dados indicados abaixo refletem os resultados da prospecção inicial (aqui).
  • 4.1. Quais são os 5 principais autores sobre fotografias que você conhece?
    Todos os autores citados: Ana Mauad; Andre Rouille; Antonia Heredia Herrera; Antonio Ángel Ruiz Rodríguez; Armando Silva, Beamond Newhall; Bertrand Lavedrine; Boris Kossoy; Dorotea LangeHenri Cartier-Bresson; Joan Boadas i Raset; Joseph Nicéphore Niépce; Juan Fontcuberta; Luis Pavão; Michel Poivert; Nora Kennedy; Peter Mustardo; Philippe Dubois, Really; Luis Pavão; Roland Barthes; Rosalind Krauss; Rosalind Krauss; Sebastião Salgado; Susan Sontag; Walker Evans; Wilian Fox Talbot.
    Autores mais citados: Boris Kossoy, Joan Boadas, Roland Barthes, Susan Sontag.
  • 4.2. Quais são os principais autores sobre fotografia no Brasil?
    Todos os autores citados: Ana Maria Mauad; Anateresa Fabris; Arlindo Machado; Boris Kossoy; Clara Mosciaro; Etienne Samain; Joaquim Marçal; Leandro Melo; Livia Aquino; Sandra Baruki; Sergio Burgi.
    Autores mais citados: Ana Maria Mauad; Boris Kossoy; Sergio Burgi; Anateresa Fabris.
  • 4.3. Quais são os principais autores sobre fotografia de outros países sul-americanos:
    Todos os autores citados: André P. Ancona Lopez; Andrea Cuarterolo; Armando Silva; Armando Silva; Boris Kossoy; Claudio Perez; Cristina Boixados; Daniel Sosa; Felila Fola; Fernando Paillet; Ilonka C. Pimstein; Ivo Canabarro; Jordi Vergés; Jorge Aguirre; Juan Fontcuberta; Juan Valdez Marín; Manuel Alvarez Bravo; Marcelo Montecino; Miriam Moreira Leite; Rodrigo Rojas de Negri; Sergio Larraín; Vivem Rodriguez. Zaida González de Guarda.
    Obs: muitos desses nomes são brasileiros e outros não são sul-americanos 
  • 4.4. Dos autores mencionados acima, quais podem ser destacados por escrever reflexões sobre a gestão de documentos fotográficos?
    Todos os autores citados: Aline Lacerda; Ana Cristina Albuquerque; André Malverdes; André P. Ancona Lopez; Andre Rouille; Andréa do Prado Souza; Antonia Heredia Herrera; Boris Kossoy; David Riecks; J. Antonio Ángel Ruiz Rodríguez; Joan Boadas i Raset; Jordi Vergés; Luis Pavão; Nancy Bartlett; Peter Krogh; Peter Mustardo; Rodrigo Rojas de Negri; Sandra Baruki; Solange Lima; Vilem Flusser; Vivem Rodriguez; Zita Possamai.
    Obs: Muitos autores citados neste item não foram citados no item anterior; muitos são brasileiros e/ou não sul-americanos.
  • Comentário:
    De um modo geral, em todas as perguntas feitas, são poucos os autores que aparecem citados por mais de um respondente. Alguns respondentes, em algumas perguntas, indicaram autores fotógrafos e não autores de textos sobre o tema. Boris Kossoy, André P. Ancona Lopez, Susan Sontag, Roland Bathes e Joan Boadas são os mais citados. Quando é solicitado nomes de autores sul-americanos cada respondente tem sua lista, sem coincidências entre elas além de André Porto Ancona Lopez, Antonia Heredia Herrera, e Joan Boadas i Raset. Em uma conclusão preliminar e superficial há, talvez, baixa divulgação/circulação de autores e textos, pois na pesquisa inicial presente neste informe brasileiro, na lista que registra os autores no Brasil, há um número bem mais significativo de autores do que os presentes na prospecção inicial.

  • 5. Análise genérica das obras 
Os textos escolhidos e avaliados até aqui, longe de ser uma pesquisa esgotada, são pautados por dois grandes eixos norteadores, que de certa forma traduzem as indagações e inquietações de seus autores. Um destes eixos é a preocupação com os aspectos históricos do conhecimento gerado em torno, ou a partir, da produção fotográfica. O outro grande eixo são as questões abordadas sobre os desafios do tratamento arquivístico de acervos fotográficos. 

Os dois eixos convergem para a importância sócio-cultural de tratar os acervos fotográficos como fontes de informação para pesquisas históricas e para isto os processos de fotodocumentação precisam ser revistos e aprimorados na intenção de que estes conjuntos não se reduzam a apenas guarda de imagens descontextualizadas de sua gênese.

De 2019 para cá notou-se o incremento de teses relacionadas à Fotodocumentação, sob uma ótica dos acervos fotográficos, como se faz presente nas produção de 2020 e 2021 agregada à tabela inicial.

  • 6. Autores brasileiros identificados nas autorias e citados como referência nos textos
Alice Brill; Aline Lopes Lacerda; Ana Maria Mauad; André Porto Ancona Lopez; Annateresa Fabris; Áurea Maria de Freitas Carvalho; Benedito Lima de Toledo; Boris Kossoy; Carlos Alberto Cerqueira Lemos; Cristina Freire; Gilberto Freyre; Heloísa Liberalli  Belloto; Helouise Costa; Joaquim Marçal Andrade; Lúcia Grinberg; Marcos Santilli; Maria Cristina Wolff de Carvalho; Maria Inez Turazzi; Marilena Leite Paes; Miriam L. Moreira Leite; Naide Barboza; Patrícia de Filippi; Pedro Vasquez; Rache! Cavalcanti Rauth; Renato Rodrigues; Silvia Ferreira Santos Wolff; Solange Ferraz de Lima; Telma Campanha de Carvalho Madio; Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses; Vânia Carneiro de Carvalho.

  • 7. Autores não brasileiros citados nos textos como referência
Antonia Heredia  Herrera; Baczko; Bronislaw Baczco; Elisabeth Parinet; Elizabeth Anne McCauley; Ernest H Gombrich; Erwin Panofsky; François Papik Bélanger; Henri Hudrisier; James O’toole; Luciana Duranti; Max Black; Michel Foucaut; Nancy Barltlett; Paola Carucci; Patrick. Bryan Heidorn; Philippe Dubois; Pierre Ansart; Roger Chartier; Roland Barthes;Serge Moscovici; Teresa Muñoz Benevalente; Walter Benjamin.

  • 8. Referências
  1. Albuquerque, A. (2012). A Classificação de documentos fotográficos: um estudo em arquivos, bibliotecas e museus (Tese de doutorado) Marília: Universidade Estadual Paulista. Recuperado de https://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-Graduacao/CienciadaInformacao/Dissertacoes/Albuquerque,%20A.C._doutorado_C.I._2012.pdf

  2. Avancini, A. (2011). A imagem fotográfica do cotidiano: significado e informação no jornalismo. Brazilian Journalism Research, 7 (1) 50-66. Recuperado de http://www3.eca.usp.br/sites/default/files/form/biblioteca/acervo/producao-academica/002283858.pdf

  3. Capovilla ,L. & Morocco, B, (2010).Pierre Verger e a construção da memória cultural afrobrasileira em “O Cruzeiro”: sentidos textuais através das fronteiras. Discursos fotográficos, 6 (9), 153-170. Recuperado de http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view/6498

  4. Carvalho, V., Lima, S., Carvalho, M. & Rodrigues, T. (1994). Fotografia e História: ensaio bibliográfico. Anais do Museu Paulista, 2, 253-300, Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/anaismp/v2n1/a15v2n1.pdf

  5. Carvalho, V. Lima, S. (2005). Cultura visual e curadoria em museus de História. Estudos Ibero-Americanos, (2), 53-77. Recuperado de http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/iberoamericana/article/viewFile/1338/1043

  6. Costa, E. (2016). Da fotografia à cultura visual: Arquivo Fotográfico e práticas de preservação do Iphan. Anais do Museu Paulista, 24 (3). Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142016000300019

  7. Costa, H. (2008). Da fotografia como arte à arte como fotografia: a experiência do Museu de Arte Contemporânea da USP na década de 1970. Anais do Museu Paulista, 16 (2), 131-173. Recuperado de https://doi.org/10.1590/S0101-47142008000200005

  8. Costa, H. (1993). Da fotografia de imprensa ao fotojornalismo. Acervo, 6 (1-2), 75-86. Recuperado de https://pt.scribd.com/document/28999917/COSTA-Helouise-Da-fotografia-de-imprensa-ao-fotojornalismo

  9. Dias, O. (2002). Fotojornalismo e imprensa paulista (1930/1945) – estudo de caso de "A Gazeta" e "O Estado de São Paulo". Communicare, 2, 71-81. Recuperado de https://casperlibero.edu.br/wp-content/uploads/2014/07/Fotojornalismo-e-imprensa-paulista.pdf

  10. Dorea, J. (2011). Una etnografia en los archivos de la Fundación Pierre Verger. Diálogos, discusiones e interacción a partir de un estudio de caso. Revista Colombiana de Antropología, 47 (1), 193-221. Recuperado de: http://www.scielo.org.co/pdf/rcan/v47n1/v47n1a09.pdf

  11. Heynemann, C. (2010). Nos arquivos, fotografia e história em exposição. In XVI Encontro Nacional da Anpuh-Rio: Memória e Patrimônio.  Recuperado de http://www.encontro2010.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1276741169_ARQUIVO_Nosarquivos,fotografiaehistoria.pdf 

  12. Kossoy, B. (2002) Dicionário histórico-fotográfico brasileiro: fotógrafos e ofício da fotografia no Brasil (1833-1910). São Paulo, IMS.

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