Argentina (v.2)

Informe regional Argentina (2022)


Huellas Fotográficas

  • 1. Introdução
O objetivo deste informe regional é realizar um balanço bibliográfico sobre os títulos que tratam de fotodocumentação na Argentina. Essa versão representa uma atualização dos dados coletados em 2018 (publicados em 2019), em função do avanço da área da Fotodocumentação na Argentina. Fiel à ideia de não promover um arrolamento exaustivo, a relação atual representa não apenas a inclusão de alguns novos textos, mas também a exclusão de textos antigos. Não houve alterações na seleção de mini-resumos e de resumos analíticos. Esta listagem é preliminar e é produto de pesquisas em bases de dados e diretórios de instituições de ensino, em citações e bibliografias, e da Rede FotoArq. Este balanço bibliográfico inicia-se com a análise dos textos de referência constantes na planilha de trabalho, conforme explicado na indicações sobre a execução (aqui).

AUTOR
OBRA
Alejandro Martínez
Liliana Tamagno
La naturalización de la violencia. Un análisis de fotografías antropométricas de principios del siglo XX (link).
Alejandra Niedermaier
Cuando me asalta el miedo, creo una imagen (link).
Alejandra Reyero
Difusión y consumo de la fotografía etnográfica chaqueña (link).
Alejandra Reyero
Luciana Sudar
Cleopatra Barrios
Deconstrucción de alteridades en fotografía, cine y dispositivos posmediales (link, p.208)
Ana Lía Rey
Lizel Tornay
Recordar, recuperar, conservar palabras e imágenes de mujeres. la construcción de un archivo en Argentina (link)
Ana Longoni Fotos y siluetas: dos estratégias contrastantes en la representación de los desaparecidos (link).
Andrea CuarteroloDe la foto al fotograma. Relaciones entre cine y fotografía en la Argentina (1840-1933) (link).
Andrea Giunta Vanguardia, internacionalismo y política: arte argentino en los años sessenta
Carlos Eduardo Masotta El gesto y el archivo: la fotografía y la anamnesis argentina (link).
Carlos Eduardo Masotta
Imágenes recientes de la "conquista del desierto". Problemas de la memoria en la impugnación de un mito de origen (link).
Claudia Feld Imagen, memoria y desaparición: Una reflexión sobre los diversos soportes audiovisuales de la memoria (link).
Cleopatra Barrios Políticas de la mirada y la memoria en la captura y el archivo de fotografias (link).
Cora Gamarnik La fotografía de prensa en Argentina durante la década del 1960: modernización e internacionalización del periodismo gráfico (link).
Eduardo Grüner La invisibilidad estratégica, o la redención política de los vivos. Violencia política y representación estética en el Siglo de las Desapariciones
Emilio Crenzel Las fotografías del Nunca Más: verdad y prueba jurídica de las desapariciones
Gabriela Brook
Julio Menajovsky
Fotoperiodismo y mercado en la era digital: cuando los aficionados vienen marchando (link).
Jorge Alessandria Imagen y metaimagen
Julio Menajovsky Terrorismo de Estado y fotografía. Entre el documento y la intervención (link).
Julio Menajovsky
Gabriela Brook
Tener la foto. Periodismo, mercado y apropriación de sentido (link).
Ludmila da Silva Catela Lo invisible revelado: el uso de fotografías como (re) presentación de la desaparición de personas en la Argentina
María Elena Stella Imagen y Memoria. La fotografía en los documentales de los hijos de desaparecidos (link).
Maria Laura Guembe Fotografía, identidad y exilio. Algunas cuestiones filiales (link).
Mariana Giordano
Estética y ética de la imagen del otro. Miradas compartidas sobre fotografías de indígenas del Chaco (link).
Mariana Giordano Fotografía, testimonio oral y memoria (link)
Mariana Giordano
Alejandra Reyero
Identidades en foco: fotografía e investigación social (link)
Mirta Zaida Lobato Memoria, historia e imagen fotográfica: los desafíos del relato visual (link).
Natalia Fortuny
Cajas chinas: la foto dentro de la foto o la foto como cosa (link)
Natalia Fortuny
Dos veces Julio. Sobre algunas memorias fotográficas del pasado reciente en la Argentina (link).
Silvia Pérez Fernández
Apuntes sobre fotografía argentina a fin de siglo: hacia la construcción de un mercado (link).
Silvia Pérez Fernández
De la fotografía analógica a la fotografía digital: apuntes provisorios para una teoria en transición (link).
Valeria Duran
Fotografías y desaparecidos: ausencias presentes (link).

  • 2. Mini-resumos selecionados
  1. Da Silva Catela, L. Lo invisible revelado: el uso de fotografías como (re) presentación de la desaparición de personas en la Argentina:
    O texto aborda o uso da fotografia sob três aspectos, considerando o contexto de sua utilização: primeiro aspecto diz respeito ao uso em âmbito doméstico da fotografia pela família do desaparecido; o segundo versa sobre a circulação das fotografias em espaços públicos e em manifestações; e o terceiro aborda o uso da mesma imagem reproduzida em livros, folhetos, listas de desaparecidos e amostras.

  2. Feld, C. Imagen, memoria y desaparición. Una reflexión sobre los diversos soportes audiovisuales de la memoria (link).
    O artigo apresenta uma análise sobre a relação firmada entre memória e algumas formas de representação visual utilizadas para dar visibilidade ao desaparecimento de cidadãos argentinos durante a Ditadura Militar. A partir do estudo de quatro instrumentos audiovisuais (documentários, filmes de ficção, fotografias e televisão), a autora articula os mecanismos e a formação da memória nacional e as formas visuais de manifestar “o que não foi registrado”: o desaparecimento.

  3. Fortuny, N. Cajas chinas: la foto dentro de la foto o la foto como cosa (link).
    O artigo trata de uma série de fotos do início do século XX, tiradas de parentes posando ao lado da foto do falecido, durante o luto pelo ente querido. Esse retrato, em geral, foi tirado em vida e compõe a foto principal como se ele estivesse lá com sua família.

  4. Fortuny, N. Dos veces Julio. Sobre algunas memorias fotográficas del pasado reciente en la Argentina (link):
    A autora aborda a ressignificação e análise de fotografias de ex-desaparecidos ou ex-prisioneiros políticos em novos contextos da história argentina. Enumera o trabalho realizado em algumas exposições e livros onde imagens de sobreviventes da Ditadura Militar são registradas sob novas perspectivas e contextualizadas para a representação da recente memória Argentina.

  5. Giordano, M. Fotografía, testimonio oral y memoria. (Re)presentaciones de indígenas e inmigrantes del Chaco (Argentina) (link):
    Apresenta uma análise, do ponto de vista antropológico, acerca da narrativa visual presente em fotografias do final do século XIX e início do século XX e o universo fotográfico atual, proposto por pesquisadores mais recentes, acerca de dois universos étnicos: imigrantes e indígenas, na formação da identidade e memória da província do Chaco, Argentina.

  6. Lobato, M. Z. Memoria, historia e imagen fotografica: los desafios del relato visual (link):
    Apresenta reflexões acerca das principais dificuldades relativas à análise e leitura de imagens fotográficas por pesquisadores iniciantes. Enumera, dentre várias questões, o uso da fotografia como evidência histórica, testemunhal, como objeto de sustentação da memória e identidade de uma comunidade ou ainda para construção de narrativas visuais político culturais, como um conjunto de fotografias de mulheres trabalhadoras no período peronista.

  7. Longoni, A. Fotos y siluetas: dos estrategias en la representación de los desaparecidos (link):
    O texto identifica as duas principais matrizes de representação visual utilizadas como instrumentos de denúncia à violação dos Direitos Humanos durante a ditadura argentina nos anos 80: fotografias e silhuetas. Descreve como o movimento das Madres de Plaza de Mayo se mobilizou a partir do uso desses recursos.

  8. Massota, C. (2016). El gesto y el archivo: la fotografía y la anamnesis argentina (link).
    O artigo discute a relação entre a fotografia do desaparecido e a formação de arquivos coletivos durante os protestos de defesa dos DDHH e identifica a criação de alegorias do próprio protesto social a partir desses documentos. A mostra "Fotos en el cuerpo: fotografía, memoria y archivos" é apresentada como resultado da reflexão sobre as particularidades da formação desse tipo de arquivo, embasado em "gestos", contrastados com o que seria a "pose", ou o arquivo burocrático e formal.

  9. Masotta, C. Imágenes recientes de la "Conquista del Desierto". Problemas de la memoria en la impugnación de um mito de origen  (link):
    O texto propõe, sob a perspectiva antropológica, a análise crítica de imagens referentes a Campanha Militar da “Conquista do Deserto”. Considerada por alguns historiadores um processo civilizatório de relato genocida, o autor defende uma nova narrativa visual deste episódio da história argentina.

  10. Menajovski, J. Terrorismo de Estado y fotografía. Entre el documento y la intervención (link):
    O texto aborda a atuação da imprensa e do fotojornalismo antes, durante e após a Ditadura Militar argentina. Apresenta, cronologicamente, uma narrativa da relevância dos meios de comunicação impressos e como a fotografia contribuiu como representante de um processo social, onde o Estado, opressor e intervencionista, cerceava a liberdade de imprensa.

  11. Menajovski, J. & Brook, G. Tener la foto. Fotoperiodismo, mercado y apropiación de sentido (link):
    Analisa a fotografia de imprensa na condição de mercadoria e na maneira como propõe distintas narrativas de uma mesma realidade. Relata a atuação do fotógrafo, do momento da produção, condicionada por um mercado, passando pelas relações firmadas com agências de notícias até a divulgação de imagens e montagem de diferentes discursos visuais para construção de significados.

  12. Reyero, A. Difusión y consumo de la fotografía etnográfica chaqueña (link):
    A autora contrapõe a narrativa fotográfica produzida entre 1958-1964 para expressar o povoamento primitivo da região do Chaco e as pesquisas realizadas em 1978 com fotografias nas colônias de imigrantes nessa mesma região. Aborda a temática antropológica, além de discorrer sobre a legitimidade na apropriação e uso destas imagens pelos indivíduos fotografados e/ou seus respectivos descendentes.

  • 3. Bibliografia destacada
Destacamos, abaixo, quatro obras, que foram objeto de resumo estruturado. 
  1. Lobato, M. Z. Memoria, historia e imagen fotografica: los desafios del relato visual (link):
    A obra relata as principais dificuldades presentes na análise e interpretação de imagens. Propõe uma reflexão sobre os principais desafios no estudo e investigação de imagens fotográficas. Analisa a fotografia como instrumento de apoio a investigações e informações; destaca o caráter de recordação, de sustentação da memória e da identidade para comunidades e como instrumento de expressão artística. Ao defender a fotografia como evidência histórica e, neste sentindo, como fonte histórica, destaca algumas dificuldades na leitura das imagens por parte de muitos pesquisadores. Caracteriza a capacidade testemunhal e indicial da fotografia, ao mesmo tempo, que reconhece que este recorte da realidade pode ser resultado da intenção do fotógrafo ou fruto da omissão de detalhes invisíveis ao fotógrafo. Apresenta, ainda, uma abordagem geral sobre o tema, exemplificando algumas dificuldades na análise de conjuntos particulares e álbuns familiares e, também, analisa o acervo fotográfico peronista referente às comemorações do dia 1º de Maio, onde a participação da mulher trabalhadora ganhava destaque durante o evento, mas do ponto de vista crítico estes registros reafirmam a limitada participação da mulher no contexto político.

  2. Longoni, A. Fotos y siluetas: dos estrategias en la representación de los desaparecidos (link):
    Esta obra destaca-se em razão do tema de elevada representatividade social e política para o país, pois aborda o uso da fotografia e das silhuetas como instrumentos de denúncia às violações de Direitos Humanos durante o Regime Militar que vigorou na Argentina de 1976 até 1983. Tais representações visuais constituíram duas formas, dentre outras, de manifestação utilizadas pelo movimento Madres de Plaza de Mayo para atentar a sociedade civil e a comunidade internacional quanto ao desaparecimento e extermínio de cidadãos argentinos. Inicialmente, Longoni explica o uso da fotografia e sua ressignificação dentro do movimento: a partir de fotos removidas de acervos particulares, álbuns familiares e/ou extraídas de documentos civis (carteiras de identidade e passaporte, principalmente), as mães dos desaparecidos políticos passam a divulgar os crimes que vinham sendo cometidos pelo Estado. Por outro lado as silhuetas, ao serem distribuídas por muros e faixadas nas cidades, tinham por intenção ‘substituir’ o corpo ausente e denunciar o espaço deixado por um desaparecido. Qualquer que fosse sua identidade, qualquer que fosse sua mãe. Por fim, a autora apresenta uma análise onde identifica as principais abordagens defendidas pelas duas estratégias de representação visual (silhuetas e fotografias): coletivo versus particular, anonimato versus a identificação pessoal, a violência do desaparecimento versus uma biografia prévia).

  3. Massota, C. (2016). El gesto y el archivo: la fotografía y la anamnesis argentina (link).
    Memória é a síntese do reclamo por justiça nos processos relacionados a crimes de Estado durante repressão militar. O processo de junção de documentos comprobatórios, na Argentina, deu-se paralelamente às manifestações pela defesa dos DDHH, que expunham esses documentos. Ao mesmo tempo que o Estado inutilizava documentos coletados pelas organizações de DDHH por meio de leis de impunidade, os Juicios por la Verdad os levavam à público para denunciar a violência e manobras de negação à memória coletiva. A fotografia do desaparecido é uma alegoria de si e foi objeto de estudo de diferentes áreas. Posteriormente, artistas começaram a utilizar as fotos de desaparecidos para compor suas obras. O arquivo privado transformou-se no arquivo público. A fotografia particular tornou-se uma alegoria do trauma social. O projeto Fotografía, memoria y archivos associou manifestações fotográficas às teorias arquivísticas e estudou o surgimento dos “arquivos de memória” e “arquivos de repressão desclassificados”. Resultou na mostra “Fotos em el cuerpo: fotografia, memoria y archivos”, que representou o valor da fotografia no contexto da defesa dos DDHH e confrontou a composição do arquivo estatal e daquele reunido pelas instituições de DDHH. As Madres de la Plaza de Mayo atacavam a postura que garantiu a eficiência do terrorismo de Estado: o ocultamente de informações. As fotografias empunhadas são consideradas como “gesto de arquivo” – a desclassificação de um documento (familiar) e a formação de um novo arquivo (ambulante e coletivo). A aparição da fotografia está relacionada à febre alegórica. Um exemplo é a performance das Madres no monumento da Plaza de Mayo, quando colocaram fotos de desaparecidos na estátua, incorporando-os à alegoria de liberdade. A fotografia deixa de ser um pessoal ou prova e passa a ser parte de um monumento público e social. A defesa dos DDHH, por meio de suas ações, um “arquivo caminhante”.

  4. Menajovski, J. & Brook, G. Tener la foto. Fotoperiodismo, mercado y apropiación de sentido (link):
    Neste artigo são analisados os processos de produção e o uso das fotografias pelo mercado de imprensa. Os autores avaliam a condição de mercadoria a qual a fotografia foi gradativamente colocada e como sua produção original passou a atender o mercado dos meios gráficos. Na medida que a fotografia torna-se produto de um mercado, a intenção inicial do fotógrafo, o que foi visto e selecionado por ele, podem ser radicalmente transformados quando da publicação pelo meio gráfico. Defendem que a fotografia detém um significado intrínseco, pois capta apenas um instante, um momento específico de um dado acontecimento. No sentido da significação de imagens, defendem que as proposições de Panofksy, onde são considerados três níveis para sua interpretação, também são aplicáveis à condição de representação visual da fotografia de imprensa. O texto considera, deste modo, que “o valor da fotografia de imprensa é firmado pela facilidade de leitura e a objetividade que lhe é atribuída” (Menajovski y Brook, 2004). Os autores discorrem, ainda, sobre as inovações nas relações trabalhistas firmadas especialmente a partir da década de 80 com o surgimento da modalidade de free lancers. Diante de uma crescente precarização da atividade do fotógrafo, este passa a obedecer determinadas exigências e requisitos do mercado de imprensa, que afetam e influenciam o processo de produção fotográfico em troca de uma remuneração. Entretanto, ressalta, que mesmo obedecidos todos estes requisitos do mercado de imprensa, o valor estético identificado na imagem, ainda constitui importante diferencial no momento de sua “negociação”.
  • 4. Principais indicações dos respondentes
Os respondentes argentinos do questionário de mapeamento (aqui) apontaram os seguintes autores não latinoamericanos como principais referentes internacionais:
  1. Roland Barthes
  2. Joan Fontcuberta
  3. Susan Sontag 
  4. John Berger
  5. Susan Sontag
Quando questionados sobre os principais autores de nacionalidade argentina, os respondentes identificaram, majoritariamente a:
  1. Cora Gamarnik
  2. Sara Facio
  3. Adriana Lestido
  4. Andrea Cuarterolo
  5. Valeria Gonzáles.
Os autores latinoamericanos mais mencionados foram:
  1. Sebastião Salgado, 
  2. André Lopez, 
  3. Pedro Meyer
  4. Paz Errazúriz.

5. Análise Genérica das Obras

Dentro desse universo bibliográfico identificado preliminarmente, a bibliografia fotográfica argentina é orientada, em grande parte, por temas de viés social e político. Neste sentido, muitos estudos consideram os conjuntos fotográficos como instrumentos de denúncia às violações dos direitos humanos durante ditadura militar argentina(1976-1983), (re)significada por movimentos sociais e humanitários na busca por informações de desaparecidos políticos. A fotografia é tomada, também, como prova da existência de cidadãos quando da omissão do Estado argentino nestes desaparecimentos. Ademais, observa-se que em muitos textos os conjuntos de fotografias são considerados ferramentas de preservação da memória para a sociedade e pesquisadores em geral.

Outra temática que deve ser considerada na bibliografia é relacionada a fotojornalismo e à fotografia de imprensa. Analisada por sua função social e política como meio de denúncia do período ditatorial argentino, a fotografia jornalística foi abordada nos textos como instrumento de mobilização da opinião pública nacional e internacional, como veículo de memória, veículos de construção de sentidos e análise histórica. Ainda dentro da temática de fotografia de imprensa, encontram-se abordagens críticas relativas à condição de construção de sentidos e significados, onde a fotografia se torna uma mera mercadoria às agências de comunicação para produção de notícias.

Outro direcionamento bibliográfico é relativo ao tema antropológico e à formação étnica da Argentina, especialmente da Península do Chaco. A relevância desta temática é justificada pelas construções de narrativas fotográficas muito questionadas e criticadas socialmente quanto ao processo civilizatório aplicado aos povos indígenas nessa região. A produção bibliográfica ancorada no Núcleo de Estudios y Documentación de la Imagen (NEDIM) del Instituto de Investigaciones Geohistóricas (CONICET-UNNE) se destaca por uma produção voltada para os estudos regionais e identitários, com forte embasamento na Antropologia, História e Arte, mas também tem proposto discussões inovadoras sob a ótica das atuais relações de poder, ampliando o espectro do debate sobre fotografias, emglobando elementos do cinema e dos dispositivos posmediáticos.

Demais temas, tão relevantes quanto os citados anteriormente, embora com menor recorrência, são referentes às fotografias digitais e novas tecnologias e a relação firmada entre fotografia e cinema. Foram identificadas poucas manifestações relativas à temática técnica, estética ou da história da fotografia.

  • 6. Principais autores argentinos identificados como referência nos textos (levantamento não exaustivo):
  • Alejandra Reyero
  • Carlos Eduardo Massota
  • Cora Garmanik
  • Julio Menajovski
  • Ludmila da Silva Catela
  • Mirta Zaida Lobato
  • Silvia Pérez Fernández

  • 7. Autores não Argentinos citados nos textos como referência (levantamento não exaustivo):
  • Erwin Panofksy
  • Philippe Dubois
  • Pierre Bourdieu
  • Roland Barthes
  • Susan Sontag
  • 8. Referências:
  1. Alessandria, J. (1996). Imagen y metaimagen. Buenos Aires: Eudeba.
  2. Barrios, C. (2013). Políticas de la mirada y la memoria en la captura y el archivo de fotografías. Discursos Fotográficos  9 (15), 13-35. Recuperado de http://ri.conicet.gov.ar/bitstream/handle/11336/896/Politicas_de_la_mirada_y_la_memoria_-Barrios-_Discursos_Fotogr_ficos.pdf?sequence=1&isAllowed=y
  3. Crenzel, E. (2009). Las fotografías del nunca más: verdad y prueba jurídica de las desapariciones. In Feld, C. & Mor, J. (Eds.). El pasado que miramos: memoria e imagen ante la historia reciente, pp. 281-313. Buenos Aires: Paidós.
  4. Cuarterolo, A. (2014). De la foto al fotograma: Relaciones entre cine y fotografía en la Argentina (1840-1933). Montevideo: CDF. Recuperado de http://revista.cinedocumental.com.ar/wp-content/uploads/resea2.pdf
  5. Da Silva Catela, L. (2009). Lo invisible revelado: el uso de fotografías como (re)presentación de la desaparición de personas en la Argentina. In C. Feld & J. Mor (Eds.) El pasado que miramos: memoria e imagen ante la historia reciente (pp. 337-361). Buenos Aires: Paidós,
  6. Duran, V. (2006). Fotografías y desaparecidos: ausencias presentes. Cuadernos de Antropología Social, (24), 131-144. Recuperado de https://www.academia.edu/2559302/De_la_foto_al_fotograma._Relaciones_entre_cine_y_fotograf%C3%ADa_en_la_Argentina_1840-_1933_
  7. Feld, C. (2010). Imagen, memoria y desaparición: Una reflexión sobre los diversos soportes audiovisuales de la memoria. Aletheia, 1 (1). Recuperado de http://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/art_revistas/pr.4265/pr.4265.pdf
  8. Fortuny, N. (2011). Cajas chinas: la foto dentro de la foto o la foto como cosa. Revista Chilena de Antropología Visual, 1 (17), 44-71. Recuperado de http://www.rchav.cl/2011_17_art03_fortuny.html
  9. Fortuny, N. (2015). Dos veces Julio: sobre algunas memorias fotográficas del pasado reciente en la Argentina. Revista Kamchatka, 6, 741-759. Recuperado de https://ojs.uv.es/index.php/kamchatka/article/view/7199/7727
  10. Gamarnik, C. (2016). La fotografía de prensa en Argentina durante la década del 1960: modernización e internacionalización del periodismo gráfico. Revista Photo & Documento (2) Recuperado de http://gpaf.info/photoarch/index.php?journal=phd&page=article&op=view&path%5B%5D=68&path%5B%5D=73
  11. Giordano, M. (2009). Estética y ética de la imagen del otro: miradas compartidas sobre fotografías de indígenas del Chaco. Aisthesis, (46), 65-82. Recuperado de http://dx.doi.org/10.4067/S0718-71812009000200004
  12. Giordano, M. (2012). Fotografía, testimonio oral y memoria. Memoria Americana, 20 (2), 295-321. Recuperado de https://core.ac.uk/download/pdf/158835168.pdf 
  13. Giordano, M. & Reyero, A. (eds.). (2021). Identidades en foco: fotografía e investigación social. Resistencia: IIGHI/UNNE. Recuperado de https://iighi.conicet.gov.ar/wp-content/uploads/sites/29/2021/05/Identidades_en_foco_completo_compressed.pdf
  14. Giunta, A. (2008). Vanguardia, internacionalismo y política: arte argentino en los años sesenta. Buenos Aires: Siglo XXI.
  15. Grüner, E. (2008). La invisibilidad estratégica, o la redención política de los vivos. Violencia política y representación estética en el Siglo de las Desapariciones. In A. Longoni & G. Bruzzone (eds.). El siluetazo. Buenos Aires: Adriana Hidalgo.
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  17. Lobato, M. (2003). Memoria, historia e imagen fotográfica: los desafios del relato visual, en XVI Jornadas de Investigación de la Facultad de Ciencias Humanas. Anuario, Facultad de Ciencias Humanas, Universidad Nacional de la Pampa, 5 (5), 25-38. Recuperado de http://www.biblioteca.unlpam.edu.ar/pubpdf/anuario_fch/n05a03lobato.pdf
  18. Longoni, A. (2010). Fotos y siluetas: dos estratégias contrastantes em la representación de los desaparecidos. In Crenzel, E. (Ed.). Los desaparecidos em la Argentina. Memorias, representaciones e ideas. 1983-2008. Buenos Aires: Biblios. Recuperado de http://blogs.macba.cat/pei/files/2011/01/Microsoft-Word-art%C3%ADculo-para-libro-de-emilio-crenzel.pdf
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  20. Masotta, C. (2006). Imágenes recientes de la "Conquista del Desierto". Problemas de la memoria en la impugnación de un mito de origen. RUNA, 26 (1), 225-245. Recuperado de http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/runa/article/view/1248
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  24. Menajovsky, J. & Brook, G. (2004). Tener la foto. Fotoperiodismo, mercado y apropiación de sentido. Encrucijadas (25). Recuperado de https://drive.google.com/file/d/0B1u5031-egDYTnMxMmZ3azVHczA/view
  25. Niedermaier, A. (2016). Cuando me asalta el miedo, creo una imagen. Cuadernos del Centro de Estudios de Diseño y Comunicación, (56) 177-198. Recuperado de https://fido.palermo.edu/servicios_dyc/publicacionesdc/vista/detalle_articulo.php?id_libro=545&id_articulo=11484
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  28. Rey, A. & Tornay, L. (2002). Recordar, recuperar, conservar palabras e imágenes de mujeres: la construcción de un archivo en Argentina. Voces recobradas (13). Recuperado de https://www.academia.edu/33893234/ARCHIVO_PALABRAS_E_IM%C3%81GENES_DE_MUJERES
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